19 de dezembro de 2007

E A AULA DE AMANHÃ?(20/12)

SIM..
o que ficou decidido?
A aula de amanhã vai ser na UFS?
As pessoas ficaram de responder essa questão e nada até agora...

14 de dezembro de 2007

Aos amigos, ao medo e à morte

Mais uma vez em nossas aulas, surge como tema de discussão o medo, medo da morte para ser mais exata. O receio dos Fox terriers do Mr. Jones morrer remetia a uma previsão do que aconteceria a eles depois. Amizade baseada em interesses pessoais? Provavelmente... assim como muitas espalhadas por ai. Por interesse ou não, isso pode valer nossas vidas. Estar com amigos ou até em um grupo de desconhecidos nos dá mais segurança. Fato. Assim, temos mais de um olho em nós e olhamos por outras pessoas q não sejamos nós mesmos.

A outra visão do medo que foi debatida entre nós foi até onde este nos leva a fazer ou deixar de fazer coisas por temor à morte? Alguns deixam de sair à noite, outros deixam de ir ao médico e fazer exames, outros até têm quase uma neurose para atravessar ruas... agindo assim estamos deixando de viver para não morrer? Para isso criamos medidas (limites) que podem ser tanto individuais como padrões em uma sociedade, o que pondera os nossos riscos de vida. Aliás, talvez o que tenha faltado no tal do Mr. Jones tenham sido amigos “falantes” que o alertasse que a sua medida estava se excedendo.

Para finalizar, pensei muito em uma frase de efeito sobre a dita cuja, até que achei uma citação de Arthur C. Clark que me fez pensar, “nossa época é a primeira a prestar tanta atenção no futuro – o que é irônico, considerando-se que podemos não ter futuro algum”. Vale mais a pena estabelecer medidas e ouvir nossos amigos ou "viver intensamente"?

13 de dezembro de 2007

Livro para download.

Vamos tentar colocar o link direto para o download, sem a passagem pelo site. O endereço é http://www.esnips.com/nsdoc/71c22b5b-deac-4e05-92fa-cf7112ab4ffd . Após clicar, deve aparecer a janela de confirmação de download, aí é só clicar em salvar e escolher a pasta de destino.

Mas, se essa tentativa não der certo, entre em http://www.esnips.com/web/FlavioMoreiradaCosta/ , vai abrir uma página dividida em três partes: (1) Flavio Moreira da Costa, (2) Files e (3) Comments. Na parte "Files", Clique no ícone do Winzip dentro do quadrado ou no nome do arquivo.

A página seguinte mostra um quadrado maior que o da página passada, com o mesmo ícone do Winzip e dessa vez o nome do arquivo vem logo abaixo. Agora é só clicar novamente em qualquer um destes dois últimos que a janela de confirmação de download aparecerá (eu espero).

Pronto! Agora é só baixar e aproveitar!
Abraços.

Sredni Vashtar

Qual o poder da imaginação? Essa pergunta, apesar de soar piegas e lembrar filmes da sessão da tarde, me parece muito pertinente.
Depois de ler a his(es)tória de Conradin, acho que a imaginação tem um poder que esquecemos. Primeiro, o que fazemos todas as quintas-feiras às 07:00 se não discutir nossa imaginação acerca de algo. Ler um livro e tomar proveito daquele herói para o próprio prazer. Poderia encher um parágrafo de exemplos da imaginação, mas Freud escreveu 24 vol e não conseguiu dar conta, então não me sinto inclinado para tal feito. Não vamos tratar de clichês como “O Poder da Atração” ou “ A Força do Pensamento Positivo”, acho que é a imaginação aqui é mais do que isso.

Que tipo de imaginação ele esta falando? E porque ele teima em falar em imaginação se a história do guri é sobre sua relação com a prima?

Para quem perguntou: o tipo de imaginação que faz uma criança criar um Deus.

Agora, imaginem o que quiserem.



Marcel Santiago Soares

10 de dezembro de 2007

Para conversar sobre cães

MOACYR SCLIAR
Sonho americano: a versão canina

A cadela Trouble, que pertencia à bilionária nova-iorquina Leona Helmsley, morta em agosto, herdou US$ 12 milhões da dona. Junto com o marido, Harry, já falecido, Leona construiu uma empresa que administrava alguns dos imóveis de maior prestígio em Nova York, como o edifício Empire State, além de hotéis em várias partes do país. Trouble ("problema", em inglês) fez muitos inimigos por causa de seu hábito de morder as pessoas. A cadela sofreu ameaças de morte e de seqüestro, de acordo com a imprensa americana; sob nome falso vive agora escondida na Flórida. John Codey, que administra os fundos em nome da cadela, disse à rede de televisão americana CBS na semana passada que segurança, assistência médica, refeições especiais e cuidados com a aparência de Trouble custam cerca de US$ 300 mil por ano. Folha Online. Brasileiros desistem de seu sonho americano, diz "New York Times". Folha Online.

Como muitos brasileiros, ele foi para a Flórida, clandestinamente, em busca do sonho americano: queria enriquecer, voltar para sua cidade natal, e passar o resto de seus dias na boa vida. Mas, como muitos brasileiros, viu-se frustrado. Ao cabo de três anos continuava lavando pratos num restaurante de segunda categoria dividindo um minúsculo apartamento com quatro amigos. Era uma existência sofrida a dele. Seu único consolo era o cão, Friend, que ganhara de presente quando o bicho ainda era filhote. Friend era um prodígio, graças à habilidade do dono que se gabava de saber treinar cães como ninguém. E aí ele ouviu falar de Trouble, a cadela que tinha herdado US$ 12 milhões da falecida milionária Leona Helmsley. Uma dominicana que conhecia, e que por algum tempo namorara, garantiu-lhe que Trouble estava escondida numa mansão perto do restaurante. Foram até lá, esperaram algum tempo do outro lado da rua e, de fato, lá pelas tantas apareceu um homem conduzindo uma bela cadela. "É a Trouble", cochichou a dominicana. O homem deu uma volta pelo quarteirão, conduzindo a cadela e escoltado por dois seguranças e, em seguida, retornou à casa. Naquele dia convenceu-se de que seu sonho americano estava prestes a se realizar, com a ajuda de Friend. O plano era muito simples. Treinado por ele, o charmoso cão conquistaria Trouble. E, celebrada a união entre ambos, ele certamente faria jus a uma parte dos US$ 12 milhões. E aí ele teria, ainda que de maneira insólita, realizado seu sonho americano. E não é que funcionou? Acompanhado de Friend começou a rondar a casa; não tardou muito para que o cão e a cadela se encontrassem. Foi amor à primeira vista. Tomada de súbita paixão, Trouble literalmente jogou-se sobre Friend. O homem que cuidava da cadela, surpreso, não sabia o que fazer, mas achou graça e concordou em oportunizar novos encontros. O sonho tinha se realizado? Não, infelizmente não. Subitamente as coisas mudaram. Friend agora mostrava-se hostil ao dono; rosnava para ele e recusava-se a se deixar conduzir para a rua. Como se dissesse: olhe aqui, seu pobretão, a partir de agora cada um segue seu caminho. Ele já comprou a passagem e pretende voltar antes do Natal. No Brasil, ele não tem dinheiro. Mas tem família, tem amigos. Ah, sim, e tem um cachorro que não dispõe de dólares, mas que jamais rosna para ele. A propósito: quem quer dólar, uma moeda que está em baixa?

3 de dezembro de 2007

Sobre medos e desaparecimentos

A leitura das leituras de O desaparecimento de Honoré Subrac (Guillaume Apollinaire) sugere que deixar de falar dos desaparecimentos instala um silêncio-barulho na gente. Penso que A cidade adormecida, fantasticamente desaparecia de si, se fez por medo. Já Subrac, esse nosso honorário parceiro, por medo, inventou um modo de desaparecer nas coisas e assim, permanecer aparecido.
Nem todo desaparecimento permanece, mas as vezes um desaparecido aparece e permanece numa memória recorrente, prestando um prazeroso serviço à vida. É como se esse desaparecimento fosse uma espécie de bálsamo da eternidade, que faz desaparecer e aparecer por brincadeira.
Uma opinião: acho que a diferença desses dois modos de desaparecimento está na maneira como eles se relacionam com o medo. Quando se força o desaparecimento do medo, ele por vingança apaga o mimetismo do medroso. Esse, sem graça, passa a figurar como um ser-sem-medo ou alguém supostamente confiante, corajoso e motivado. Aquele que acredita em si e sustenta a coragem do último dos moicanos (índio brasileiro não tem esse tipo de coragem).
Bom, já quando o medroso desconfia da coragem que possui, arranja um jeito de inventar uma outra coragem. No caso, a coragem de perder a forma de um si-estático, a coragem de quem sabe da imensidão do mundo e que a vida não precisa ser um olho no olho, entre quatro paredes.
E quem quiser, que conte outra!
Abraço!