28 de março de 2008

Grupo de dois...

Gente uma pena vocês não terem aparecido, eu e o João ficamos esperando por vocês até as dez horas :/
O que fizemos? Bom, conversamos sobre o texto que é muito interessante e combinamos que na quinta mesmo postaria um aviso sobre esse encontro/ desencontro.
Poderia ter sido melhor, caso todo mundo tivesse ido, mas já considero o que aconteceu ontem um início não é verdade?
Nossa leitura combinamos de postar no sábado, amanhã ! :]

Enfim, que venham mais encontros com menos desencontros!!

Beijos pra todo mundo

24 de março de 2008

Recados...

Por que não continuarmos com uma leitura das leituras? (Bruninha)


Enquanto lia o conto do Luis Borges, "Tlôn, Uqbar, Orbis Tertius" e percebi o quanto ele era interessante me veio a vontade de compartilhar isso com outra ou outras pessoas... Enfim, vim aqui pra dar uma sugestão. Invés de eu postar a minha leitura por que não conversamos antes sobre o texto?
A discussão seria aqui mesmo, nos comentários dessa postagem e daí sim eu faria uma outra postagem com uma possível leitura das leituras. O que acham? Alguém topa?

Bruna não tava conseguindo postar daí eu tou dando uma ajuda.

Mas então queria saber também sobre o que acontecerá próxima quinta... ou não acontecerá mais....

21 de março de 2008

Sobre o que estamos fazendo e o que faremos de nós...

Sei que andei distante deste espaço nas ultimas postagens (não só delas, mas de um outro tanto de coisas que se relacionam com outros tantos) mas nos últimos dias sinto a boa brisa me falando que vem aí bom tempo. Então resolvi passar por aqui para tentar dar continuidade a esse espaço lembrando que ele ainda existe e não se encerrou no ultimo post, como a maioria de nós, se não todos, concordou.
Eu queria trazer uma idéia para as pessoas que por ventura não tinha ainda alguma sobre o que fazer com este espaço. Essa idéia surgiu, em parte, dos trabalhos que têm um bom andamento no blog da pesquisa que integro com Kleber. Lá essa prática é marcada através do rótulo “Li e disse isso”.
Mas em que consiste isso? Então... todos nós lemos coisas - textos acadêmicos e não acadêmicos -, vemos filmes, ouvimos músicas, conversamos com amigos, desafetos ou indiferenças em nossas vidas, ficamos sozinhos, tomamos porres e coisas afins. Coisas que nos tocam diariamente e nos afetam.
Lá, o “Li e disse isso” funciona via textos lidos e textos escritos sobre opiniões e coisas que nos tocaram nos textos. Aqui poderia funcionar de forma semelhante no que diz respeito à prática escrita, porém o tema/fonte seria variado.
Até mesmo em relação a como aquilo nos tocou, como a experiência nos afetou, ou não afetou (recorrente nos últimos dias), enfim.
Comecei compartilhando uma idéia, que pode afetar vocês ou não, escrevam sobre isso.
Abraços.


PS: O que faremos na quinta? ninguém se manifestou....


Todos acham que eu falo demais
E que ando bebendo demais
Que essa vida agitada não serve pra nada
Andar por aí, bar em bar, bar em bar
Dizem até que ando rindo demais
E que conto anedotas demais
Que não largo o cigarro e dirijo meu carro
Correndo, chegando no mesmo lugar...

14 de março de 2008

Sugestão de atividade extra-classe

É só uma idéia:

"Nietzsche on the Beach"

Data: 19/03/2008

Horário: à partir das 10h

Onde? BAR KATIMANDU (na Aruana - nem me adianta perguntar onde é, por que só vou descobrir quando chegar lá...)

Abdera


Quem me dera entender
O que se passa por lá...
Cavalos humanizados
Lembram robôs bestializados
E as crianças só pensam em trabalhar.

A Educação é a grande questão.
A antiga relação de hierarquia
Dá lugar a igualdade
Que se transforma em rebeldia,
Pela ausência de sentido
Decorrente dos estímulos em pluralidade.

Citando o dia do Nestor
E o guri de oito anos na faculdade,
Eles estão a muitos anos de vantagem
Com dose “real” de maturidade
Exigida pelo mercado empregador.
(quem os pega?
É difícil sua argumentação quebrar).

Mas, e a Felicidade, a realização?
Isso é outra coisa
Um mero tempo perdido.
Educa-se para criar bons competidores, “puro sangue”
Preparados para nunca serem vencidos.
Quem me dera saber
Como toda essa história irá acabar...
Definitivamente, nenhum leão celeste intervirá.

7 de março de 2008

Os prisioneiros de Longjumeau

O conto fala sobre um jovem casal que, apesar de parecer muito feliz, se suicidou. Tudo começa quando eles se mudam para Longjumeau, uma cidade do interior da França. Lá eles moraram por vinte anos na mesma casa e não receberam praticamente nenhuma visita, unicamente porque nunca pensaram em convidar ninguém. Nem por uma vez pensaram nisso.
O casal Fourmi sempre foi invejado, seu amor era intenso demais e todas as outras pessoas sempre quiseram o mesmo. Isso fazia com que parecesse inexplicável a morte repentina. No entanto, uma carta do jovem Fourmi à um amigo não mostrava uma alegria tão intensa quanto a que era vista pelos olhos alheios. Ele falava sobre as várias tentativas frustradas de ir visitar o amigo e estas não eram uma ou duas, estavam mais para dez ou vinte. Também mostrava sua irritação em não conseguir ir a nenhum compromisso. Era como se fosse um prisioneiro de Longjumeau, nunca conseguia se afastar da "maldita", como ele mesmo escreve na carta, cidade.
A narração do conto é feita pelo amigo que recebe a carta. Ele acredita em todas as coisas que o prisioneiro conta e sente que o casal realmente não consegue fugir de Longjumeau, mesmo fazendo um grande esforço para isso. O engraçado é que o casal prisioneiro é o mesmo que tinha paixão por viagens. É possível afirmar isso, pois antes do matrimônio, os dois já haviam percorrido o mundo. Ao se mudar para a casa, eles não conseguiram ir para mais nenhum lugar, por mais perto que fosse da cidade. Globos, mapas, atlas e planisférios recheavam o lar do casal que, mesmo que ninguém acreditasse, estava com as malas sempre pronta para uma viagem. O amigo narrador ainda fala que recebeu diversos avisos de viagens do casal, mas nenhuma foi realizada e conta uma tentativa de fuga em que o casal pula para dentro de um trem e apesar de terem conseguido, pularam no vagão errado...este não sairia da estação. A única viagem que o casal conseguiu fazer, depois da chegada em Longjumeau, foi a viagem que precisava do suicídio para acontecer.
Esse conto foi um dos que mais teve diferentes interpretações. Entre são bernardo e fatalismos a discussão mais importante era sobre a felicidade do casal. Eles eram felizes vivendo em um mundo a parte das outras, um mundo de apenas dois? Será que alguém consegue viver por vinte anos com a mesma pessoa e não sentir falta ou procurar pessoas diferentes? O casal podia ser tão feliz que não tinha vontade de ir para mais nenhum lugar e falava mentiras apenas para não magoarem outras pessoas?
Eu vejo que o afastamento do casal com o mundo social aconteceu apenas porque eles pensavam que ter um ao outro era suficiente. Depois de tantos anos vivendo com a mesma pessoa, a paixão não era a mesma, era preciso ver novos rostos, ter novas experiências. No entanto, o casal percebeu isso tarde demais e tentou voltar para o mundo antigo a todo custo, em vão. Depois de tantas tentativas de chegar ao mundo que já conheciam e sentiam falta não houve outra saída, a não ser, ir para um terceiro mundo, ainda desconhecido, mas que se sabia ser melhor que aquele em que há apenas um rosto diferente do seu.

1 de março de 2008

Uma promessa quebrada

Um dia meu pai me disse: “Menina, homem quando trai a mulher não pode dizer a ela não, senão lá se vai! É essa conversinha a vida toda!”.
Essa frase demonstra um pouco o tipo de discussão que se teve em sala de aula. Ficamos a nos perguntar por que os homens se comportam diferentemente das mulheres e vice-versa. Não conseguimos achar a resposta para a questão, mesmo porque esta é muito difícil de ser respondida com certeza.

No dia a dia percebemos apenas que a diferença existe, principalmente, quando se trata de relacionamentos amorosos. Tanto o homem quanto a mulher demonstram seus sentimentos de maneiras distintas, até mesmo quando sofrem por amor. Os homens tentariam esconder seu sofrimento (sem sucesso), enquanto as mulheres saberiam disfarçar melhor sua angústia. No mesmo caminho, também, pode-se encontrar a vingança. Como as mulheres tenderiam a reagir e a pensar diante da situação?

No texto, o homem promete à esposa, cuja morte era uma certeza, que nunca mais se casaria e realiza seus últimos desejos: ser enterrada com um sino embaixo da ameixeira que ficava no jardim. Um ano depois, ele quebra a promessa ao se casar com uma jovem de 17 anos. O espírito da falecida esposa, perturbado, passa a assombrar a jovem esposa quando esta se encontra sozinha em casa e a manda partir. A jovem aterrorizada, então, conta ao marido o acontecido, mesmo sendo avisada pelo espírito que as conseqüências disso seriam graves. O marido tenta acalmar a moça e pede a dois guardas que a protejam em seu quarto durante a noite.

A noite cai e a jovem volta a ouvir o sino do fantasma, tenta até chamar pelos guardas, mas não consegue. Os três estavam paralisados quando o espírito da mulher vem e arranca a cabeça da jovem. Na manhã seguinte, o homem encontra o corpo da esposa, segue o rastro de sangue e vê o fantasma segurando a cabeça degolada. Ele golpeia o fantasma que por sua vez desaparece, restando somente sua mão furiosa sobre a cabeça jazida no chão.

À primeira vista, a vingança da primeira esposa parece sem sentido. Por que matar a jovem? Não foi o homem quem quebrou a promessa?
Em sala, chegamos à conclusão de que ela realmente se vingou do esposo. Ela o deixou viver com a terrível culpa e solidão. Para a falecida, a morte teria sido simples. O preço da traição seria caro, já que ela não queria perder seu domínio sobre o homem e sobre a casa (caso contrário, por que ser enterrada no jardim?). A idéia de vingança da primeira esposa se mostra bastante fria, calculada e também bastante eficaz : vingou-se do marido e da jovem que ousou tomar seu lugar. Se pararmos para pensar, esse tipo de rancor realmente existe no universo feminino.

Embora tenha sido abordada de maneira macabra, a temática do autor é interessante para ser debatida. Espero para ver os comentários.